O que realmente queremos: Perder Peso ou emagrecer?



Quando questionadas a respeito de como perder peso corporal, a maioria das pessoas tem uma resposta pronta na ponta da língua: é preciso fechar a boca!
Outras ainda mais ousadas aconselham: toma chá branco; toma chá verde; toma chá vermelho; faz a dieta da proteína; faz a dieta da lua; toma café; faz exercício em jejum; come isso; toma aquilo; faz assim. Obviamente, a maioria destas recomendações tem um fundamento e se aplicadas em um determinado contexto certamente podem auxiliar, porém nenhuma delas usadas aleatoriamente e sem orientação profissional promoverá os resultados esperados. Além disto, ainda pode causar uma frustração e uma descrença nas intervenções, que dificulta ainda mais a tão desejada perda de peso. Mas será que o que realmente as pessoas querem é perder peso? O controle do balanço energético (Kcal ingeridas Vs. Kcal gastas) vai determinar se ganhamos ou perdemos peso corporal. Se ingerimos mais calorias do que o necessário para a manutenção do nosso peso corporal, ganhamos peso. Por outro lado, se ingerimos menos calorias, ou ainda, se gastamos mais calorias do que a quantidade necessária para a manutenção do nosso peso; perdemos peso corporal. No entanto, existe uma grande diferença entre perder peso corporal, que para muitos significa ver a redução de peso na balança dia após dia; e emagrecer efetivamente, ou seja, reduzir o percentual de gordura corporal preservando ao máximo a massa muscular. Como vimos na matéria “envelhecimento e perda de massa muscular”, a massa muscular é um tecido extremamente importante para uma boa qualidade de vida e deve ser preservada principalmente em indivíduos mais velhos. Neste contexto, a atividade física, e em particular a musculação, é uma poderosa aliada no aumento do gasto calórico e na preservação da massa muscular esquelética. Dietas muito rigorosas e restritivas podem reduzir bastante o peso corporal, no entanto, quanto deste peso será as custas de massa muscular? Quanto é necessário retirar de calorias do nosso cardápio para reduzirmos a quantidade de gordura corporal, preservando ao máximo a massa muscular? Qual a quantidade de carboidratos, proteínas e lipídios devemos ingerir, e como estes nutrientes devem ser distribuídos nas refeições para favorecer a perda de gordura corporal? Que suplementos nutricionais que não possuem efeitos colaterais e que não promovem prejuízos a boa saúde podemos utilizar para alcançarmos nossos objetivos? Para responder a todas estas questões, e várias outras referentes à área da nutrição e nutrição esportiva, devemos recorrer aos nossos nutricionistas, que são os profissionais habilitados a prescrever programas nutricionais para nos conduzir com grande eficiência aos nossos objetivos. Da mesma forma, nós profissionais da Educação Física, estamos habilitados a prescrever exercícios programados com um cálculo do gasto calórico aproximado por sessão de treinamento, o que associado a uma dieta prescrita por nutricionista, certamente promoverá os melhores resultados. Exercícios sem orientação, ou em excesso podem ser altamente prejudiciais, sobrecarregando as estruturas articulares, os ligamentos e tendões e provocando dores ou até mesmo lesões permanentes que nos distanciam dos nossos objetivos. Além disto, geram uma grande dor de cabeça e muitos gastos com visitas aos profissionais especializados em diagnóstico e reabilitação, que poderiam ser facilmente evitados com a procura de orientação apropriada antes de ingressar em um programa de atividade física ou aderir a uma dieta que foi encontrada em uma revista de “saúde” na banca de jornais. A busca pela informação é muito importante, porém não podemos esquecer que o que funciona de uma maneira para um, provavelmente funcionará diferente, ou em outra intensidade para outro. Precisamos nos conscientizar de que somos diferentes desde a constituição genética até os hábitos de vida diários, e devemos exigir que sejamos tratados de maneira individualizada. Portanto, para quem tem objetivos específicos e bem definidos, e até mesmo para os que só querem melhorar a qualidade de vida de maneira segura e orientada, aqui fica a minha dica nesta matéria: Nunca tomem atitudes precipitadas sem orientação profissional almejando resultados rápidos ou imediatos. Quase sempre isto traz prejuízos à boa saúde, e não nos leva realmente onde poderíamos chegar com a orientação apropriada.

Um grande abraço a todos,
Marcelo Larciprete Leal.

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